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Sob o céu de Sorriso
“Quando eu era criança, eu queria muito ser piloto. Mas era um sonho distante. Ingressei na Polícia Militar em 1994. E em 2005 surgiu a oportunidade e passei no concurso para piloto”, relatou.
O piloto Flávio Ramalho é um cuiabano apaixonado por aviação. Tenente-coronel da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, ele comanda a base em Sorriso do Ciopaer – Centro Integrado de Operações Aéreas. Coronel Ramalho, como é conhecido, é casado com a advogada Tatiane Barros. Pai de três filhos, Flávio Junior, Leonardo, Isabela e padrasto de Luiz Felipe, ele adotou o céu de Sorriso como o cenário dos voos que realizam os seus sonhos.
Com um vasto currículo e à frente do Ciopaer desde sua inauguração em 2018, foi em Sorriso que ele escolheu viver e desenvolver seu trabalho. “Escolhemos Sorriso como casa. Viemos para a inauguração da base e ficamos.”
“A cidade nos acolheu e nos proporciona uma qualidade de vida que há muito tempo desejávamos”, adicionou.
Coronel Ramalho nos recebeu e fez questão de mostrar as instalações do Ciopaer e explicar cada projeto realizado. A base fica ao lado do aeroporto e seu hangar acomoda um helicóptero e duas aeronaves, as grandes atrações do lugar. O espaço conta ainda com alojamento feminino e masculino, academia de ginástica, sala de rádio, auditório, sala de administração, cozinha e um pomar, onde os militares cultivam frutas e amendoim.
O Ciopaer atua originariamente como parte integrante da Segurança Pública do Estado. Os policiais e militares estão de prontidão 24 horas e dão suporte às ações integradas da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros Militar, em operações de salvamento, resgate, na localização e captura de fugitivos, no combate ao tráfico de drogas, incêndios e outras atividades de segurança pública.
“Nós trabalhamos de forma integrada, como plataforma de observação, inclusive nas operações de combate ao novo cangaço, cultivo e tráfico de drogas, assim como, no combate a focos de incêndios. Esse é o nosso cotidiano de atividades”, destacou.
Que o Ciopaer é referência quando o assunto é segurança não é novidade. Mas a Base de Sorriso é destaque também em ações sociais de alto impacto. “Desenvolvemos um importante trabalho social que reúne vários projetos. Entre eles, temos o Águias do Amanhã para crianças, onde através de um concurso de redação e desenho levamos os ganhadores para conhecer as aeronaves e voar conosco; o Projeto Amigos do Sangue, que realizamos recentemente, estimulando a doação e que conseguiu coletar 270 bolsas de sangue. Serão sorteados 6 doadores de sangue para realizar um voo em nosso helicóptero.”
“A ideia é ampliar esse trabalho social. Acreditamos na ressocialização do reeducando, tanto que aqui na base vários trabalhos de manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, bem como alguns móveis, foram realizados por reeducandos do sistema prisional de Sorriso.”
“O policial é um exemplo e acaba inspirando as pessoas, seja uma criança, um jovem ou um adulto, é gratificante ver o olho brilhando quando eles participam das nossas ações! É a prevenção pelo exemplo, mostrando que cada pessoa é capaz de fazer e chegar onde ela sonhar. O céu é o limite”, concluiu.
O piloto Flávio Ramalho é um cuiabano apaixonado por aviação. Tenente-coronel da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, ele comanda a base em Sorriso do Ciopaer – Centro Integrado de Operações Aéreas. Coronel Ramalho, como é conhecido, é casado com a advogada Tatiane Barros. Pai de três filhos, Flávio Junior, Leonardo, Isabela e padrasto de Luiz Felipe, ele adotou o céu de Sorriso como o cenário dos voos que realizam os seus sonhos.
Com um vasto currículo e à frente do Ciopaer desde sua inauguração em 2018, foi em Sorriso que ele escolheu viver e desenvolver seu trabalho. “Escolhemos Sorriso como casa. Viemos para a inauguração da base e ficamos.”
“A cidade nos acolheu e nos proporciona uma qualidade de vida que há muito tempo desejávamos”, adicionou.
Coronel Ramalho nos recebeu e fez questão de mostrar as instalações do Ciopaer e explicar cada projeto realizado. A base fica ao lado do aeroporto e seu hangar acomoda um helicóptero e duas aeronaves, as grandes atrações do lugar. O espaço conta ainda com alojamento feminino e masculino, academia de ginástica, sala de rádio, auditório, sala de administração, cozinha e um pomar, onde os militares cultivam frutas e amendoim.
O Ciopaer atua originariamente como parte integrante da Segurança Pública do Estado. Os policiais e militares estão de prontidão 24 horas e dão suporte às ações integradas da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros Militar, em operações de salvamento, resgate, na localização e captura de fugitivos, no combate ao tráfico de drogas, incêndios e outras atividades de segurança pública.
“Nós trabalhamos de forma integrada, como plataforma de observação, inclusive nas operações de combate ao novo cangaço, cultivo e tráfico de drogas, assim como, no combate a focos de incêndios. Esse é o nosso cotidiano de atividades”, destacou.
Que o Ciopaer é referência quando o assunto é segurança não é novidade. Mas a Base de Sorriso é destaque também em ações sociais de alto impacto. “Desenvolvemos um importante trabalho social que reúne vários projetos. Entre eles, temos o Águias do Amanhã para crianças, onde através de um concurso de redação e desenho levamos os ganhadores para conhecer as aeronaves e voar conosco; o Projeto Amigos do Sangue, que realizamos recentemente, estimulando a doação e que conseguiu coletar 270 bolsas de sangue. Serão sorteados 6 doadores de sangue para realizar um voo em nosso helicóptero.”
“A ideia é ampliar esse trabalho social. Acreditamos na ressocialização do reeducando, tanto que aqui na base vários trabalhos de manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, bem como alguns móveis, foram realizados por reeducandos do sistema prisional de Sorriso.”
“O policial é um exemplo e acaba inspirando as pessoas, seja uma criança, um jovem ou um adulto, é gratificante ver o olho brilhando quando eles participam das nossas ações! É a prevenção pelo exemplo, mostrando que cada pessoa é capaz de fazer e chegar onde ela sonhar. O céu é o limite”, concluiu.

O MÉDICO VOVÔ
Fala serena, jeito tranquilo, olhar receptivo e caminhar sem pressa. Assim a personalidade desta edição da Revista World recebeu nossa equipe para um bate-papo sobre a vida. Em março, vamos tirar o tradicional jaleco branco de Edmar Washington de Oliveira Telles, um dos médicos mais conhecidos de Sorriso e pioneiro da cidade.
Aos 68 anos, Telles como é conhecido entre os amigos, nasceu em uma família de desbravadores. O “médico vovô” como é carinhosamente chamado pelos pacientes, chegou em Sorriso em 1984, época em que, segundo ele, nem de longe era possível imaginar que a cidade se tornaria a Capital Nacional do Agronegócio.
A evolução do agronegócio também se assemelha à carreira profissional da nossa personalidade. Diferente e, ao mesmo tempo parecida, a vida do cirurgião formado em 1977 pela Universidade Federal do Paraná também começou no manual e hoje segue o ritmo tecnológico, já que o profissional trocou os atendimentos de emergência cirúrgica pelos de ultrassonografia. “No começo nem luz elétrica tínhamos. Para atender os pacientes era preciso ativar o gerador de energia do hospital. Chegava de tudo por aqui, muitos com lesão grave. Devido à atividade constante dos trabalhadores no campo, os acidentes com ferramentas eram frequentes”.
Com olhar saudoso, o médico de fala doce, cabelos grisalhos e barba branca, lembra com carinho da época em que os pacientes batiam na janela da casa dele para pedir consulta. “Me apaixonei pela profissão na faculdade. Sempre gostei de ajudar as pessoas e nunca visei dinheiro”.
O ser humano para mim sempre veio em primeiro lugar. Aqui o clima era muito familiar e todos se conheciam. Fiz muitos partos e anos depois tive o prazer de trazer ao mundo os filhos daquelas pessoas que um dia também nasceram pelas minhas mãos. Por isso me chamam de médico vovô, o vovô de muita gente”, conta sorrindo.
Casado há 44 anos e pai de dois filhos, que também são médicos, com lágrimas nos olhos Telles relembra a parceria de mais de quatro décadas com a esposa Consuelo Telles.
“Conheço ela desde criança, mas começamos a namorar mesmo quando entrei na faculdade. Ela sempre me apoiou e foi minha parceira para tudo... (pausa emocionada). Nós até nos emocionamos né, porque é uma vida... e se ela não tivesse dado apoio e aceitado viver tudo isso comigo, não teríamos conseguido.”
Após trinta minutos de conversa, agora não vemos mais o médico e sim o marido e pai Telles. Nos lábios a fala orgulhosa de admiração pelos filhos Washington de Oliveira Telles II, médico cirurgião e Elsa Luciana Aparecida Telles, médica pediatra. Neste momento Telles deixa de lado a figura profissional e vira o pai que enaltece o talento dos filhos.
“Fico feliz em ver eles seguindo minha carreira. É realmente gratificante para mim, principalmente porque eles são excelentes profissionais, respeitados na cidade. São dedicados e extremamente humanos na profissão. Além de seres humanos incríveis eles ainda me deram três presentes maravilhosos, meus netos”.
E quando achamos que é impossível tirar algo mais doce do que o nome da esposa e dos filhos da boca do nosso entrevistado, surpreendentemente ele nos entrega o seu ponto fraco. “Meus netos. Com certeza meus netos. Tudo que minha esposa e eu fazemos é pensando neles. Largamos tudo para ficar com eles. São nossas paixões.” Neste momento a reportagem emenda questionando: O Telles é um profissional, marido, pai e podemos dizer então... um avô babão? Sem pensar duas vezes e ao som de gargalhadas ele responde, “com toda certeza. Um GRANDE AVÔ BABÃO! Pode colocar isso na matéria... que vai acertar em cheio”.
Aos 68 anos, Telles como é conhecido entre os amigos, nasceu em uma família de desbravadores. O “médico vovô” como é carinhosamente chamado pelos pacientes, chegou em Sorriso em 1984, época em que, segundo ele, nem de longe era possível imaginar que a cidade se tornaria a Capital Nacional do Agronegócio.
A evolução do agronegócio também se assemelha à carreira profissional da nossa personalidade. Diferente e, ao mesmo tempo parecida, a vida do cirurgião formado em 1977 pela Universidade Federal do Paraná também começou no manual e hoje segue o ritmo tecnológico, já que o profissional trocou os atendimentos de emergência cirúrgica pelos de ultrassonografia. “No começo nem luz elétrica tínhamos. Para atender os pacientes era preciso ativar o gerador de energia do hospital. Chegava de tudo por aqui, muitos com lesão grave. Devido à atividade constante dos trabalhadores no campo, os acidentes com ferramentas eram frequentes”.
Com olhar saudoso, o médico de fala doce, cabelos grisalhos e barba branca, lembra com carinho da época em que os pacientes batiam na janela da casa dele para pedir consulta. “Me apaixonei pela profissão na faculdade. Sempre gostei de ajudar as pessoas e nunca visei dinheiro”.
O ser humano para mim sempre veio em primeiro lugar. Aqui o clima era muito familiar e todos se conheciam. Fiz muitos partos e anos depois tive o prazer de trazer ao mundo os filhos daquelas pessoas que um dia também nasceram pelas minhas mãos. Por isso me chamam de médico vovô, o vovô de muita gente”, conta sorrindo.
Casado há 44 anos e pai de dois filhos, que também são médicos, com lágrimas nos olhos Telles relembra a parceria de mais de quatro décadas com a esposa Consuelo Telles.
“Conheço ela desde criança, mas começamos a namorar mesmo quando entrei na faculdade. Ela sempre me apoiou e foi minha parceira para tudo... (pausa emocionada). Nós até nos emocionamos né, porque é uma vida... e se ela não tivesse dado apoio e aceitado viver tudo isso comigo, não teríamos conseguido.”
Após trinta minutos de conversa, agora não vemos mais o médico e sim o marido e pai Telles. Nos lábios a fala orgulhosa de admiração pelos filhos Washington de Oliveira Telles II, médico cirurgião e Elsa Luciana Aparecida Telles, médica pediatra. Neste momento Telles deixa de lado a figura profissional e vira o pai que enaltece o talento dos filhos.
“Fico feliz em ver eles seguindo minha carreira. É realmente gratificante para mim, principalmente porque eles são excelentes profissionais, respeitados na cidade. São dedicados e extremamente humanos na profissão. Além de seres humanos incríveis eles ainda me deram três presentes maravilhosos, meus netos”.
E quando achamos que é impossível tirar algo mais doce do que o nome da esposa e dos filhos da boca do nosso entrevistado, surpreendentemente ele nos entrega o seu ponto fraco. “Meus netos. Com certeza meus netos. Tudo que minha esposa e eu fazemos é pensando neles. Largamos tudo para ficar com eles. São nossas paixões.” Neste momento a reportagem emenda questionando: O Telles é um profissional, marido, pai e podemos dizer então... um avô babão? Sem pensar duas vezes e ao som de gargalhadas ele responde, “com toda certeza. Um GRANDE AVÔ BABÃO! Pode colocar isso na matéria... que vai acertar em cheio”.

Uma vida regada a mel e trabalho
"De todas as cirurgias que fiz a que mais exigiu de mim foi a operação no rosto... Estou me acostumando com meu novo eu. "
Natural da cidade Capitão Leônidas Marques, no Paraná, a personalidade desta edição da Revista World tem 51 anos e uma linda história com abelhas. Apicultora há onze anos, Clarice Sauressig é o tipo de mulher que pode dizer que assim como na colmeia, a vida é trabalhosa, mas rende doces sabores.
Apesar de parecer um pouco tímida à primeira vista, nossa personalidade abre o sorrisão e mostra toda sua força ao falar da família e do trabalho que desempenha em Sorriso.
Para ela mexer com as pequenas polinizadoras é mais do que uma profissão, é um caso de amor, uma extensão da sua família. “Eu mexia com agropecuária e depois que me separei, precisei procurar algo novo para trabalhar, precisava de algo que tivesse um baixo custo de investimento. Foi aí que comecei a minha história com as abelhas”
Moradora de Sorriso há 26 anos, a descendente de alemães é a matriarca de uma família que cria raízes cada vez mais fortes na cidade que escolheu para chamar de sua. São dois filhos, duas noras e três netos, por quem ela se derrete ao mostrar as fotos. “Eles são minhas paixões, o mais novo tem dez meses e tá começando a andar. É uma alegria ter a casa cheia e a família por perto. Eles são minha força.”
Nem só de mel é feita a vida. São doze anos tratando um câncer que insiste em ir e vir, ao todo já foram cinco cirurgias, a última realizada há um ano. O câncer pra mim é uma questão genética. Não deixo isso me abater, é sempre um dia após o outro”.
Assim como as abelhas que tanto ama, Clarice tem o poder de fazer florir tudo a sua volta. O projeto Vitamel, criado por ela com apoio do poder público, já atendeu mais de 151 famílias. Ela conta que a apicultura vem como uma renda extra para esses pequenos produtores e ainda ajuda no desenvolvimento do meio ambiente. “Sou contratada pela prefeitura e dou apoio a eles.
Quem participa do programa não precisa ter muitas caixas - local onde são criadas as abelhas - se preferir pode ter apenas uma para o uso da família. Para quem gosta de mexer com mel, o programa ensina essas pessoas a trabalhar e gerar uma renda familiar.”
Ao longo desses anos, já foram mais de 1.086 caixas doadas pelo projeto para pequenos agricultores de Sorriso. “Temos um produto de qualidade, vendemos o nosso mel para outros municípios e estados do país.” Outro motivo de orgulho para a instrutora é o treinamento feito com os militares do Corpo de Bombeiros de Sorriso. “Chamo eles carinhosamente de meus filhos, tive a honra de treinar os militares.
É uma instituição muito respeitada e a corporação de Sorriso é a única no país atualmente com profissionais capacitados para atuar na captura. Me orgulho de ter conseguido transferir pra eles esse amor pelo trabalho com as abelhas”.
Como mencionado no início da reportagem, Clarice vê o trabalho como uma extensão da sua família. Quando questionada sobre o futuro do projeto e seus alunos, ela responde emocionada: “Aqui nós preservamos e usamos isso a nosso favor com muito amor.
"O Vitamel é um projeto que me orgulho muito, foi um filho que eu pari, amamentei... e hoje posso dizer que está pronto pra casar. Se eu partir hoje... sinto de coração que cumpri minha missão”, conta emocionada. "
Natural da cidade Capitão Leônidas Marques, no Paraná, a personalidade desta edição da Revista World tem 51 anos e uma linda história com abelhas. Apicultora há onze anos, Clarice Sauressig é o tipo de mulher que pode dizer que assim como na colmeia, a vida é trabalhosa, mas rende doces sabores.
Apesar de parecer um pouco tímida à primeira vista, nossa personalidade abre o sorrisão e mostra toda sua força ao falar da família e do trabalho que desempenha em Sorriso.
Para ela mexer com as pequenas polinizadoras é mais do que uma profissão, é um caso de amor, uma extensão da sua família. “Eu mexia com agropecuária e depois que me separei, precisei procurar algo novo para trabalhar, precisava de algo que tivesse um baixo custo de investimento. Foi aí que comecei a minha história com as abelhas”
Moradora de Sorriso há 26 anos, a descendente de alemães é a matriarca de uma família que cria raízes cada vez mais fortes na cidade que escolheu para chamar de sua. São dois filhos, duas noras e três netos, por quem ela se derrete ao mostrar as fotos. “Eles são minhas paixões, o mais novo tem dez meses e tá começando a andar. É uma alegria ter a casa cheia e a família por perto. Eles são minha força.”
Nem só de mel é feita a vida. São doze anos tratando um câncer que insiste em ir e vir, ao todo já foram cinco cirurgias, a última realizada há um ano. O câncer pra mim é uma questão genética. Não deixo isso me abater, é sempre um dia após o outro”.
Assim como as abelhas que tanto ama, Clarice tem o poder de fazer florir tudo a sua volta. O projeto Vitamel, criado por ela com apoio do poder público, já atendeu mais de 151 famílias. Ela conta que a apicultura vem como uma renda extra para esses pequenos produtores e ainda ajuda no desenvolvimento do meio ambiente. “Sou contratada pela prefeitura e dou apoio a eles.
Quem participa do programa não precisa ter muitas caixas - local onde são criadas as abelhas - se preferir pode ter apenas uma para o uso da família. Para quem gosta de mexer com mel, o programa ensina essas pessoas a trabalhar e gerar uma renda familiar.”
Ao longo desses anos, já foram mais de 1.086 caixas doadas pelo projeto para pequenos agricultores de Sorriso. “Temos um produto de qualidade, vendemos o nosso mel para outros municípios e estados do país.” Outro motivo de orgulho para a instrutora é o treinamento feito com os militares do Corpo de Bombeiros de Sorriso. “Chamo eles carinhosamente de meus filhos, tive a honra de treinar os militares.
É uma instituição muito respeitada e a corporação de Sorriso é a única no país atualmente com profissionais capacitados para atuar na captura. Me orgulho de ter conseguido transferir pra eles esse amor pelo trabalho com as abelhas”.
Como mencionado no início da reportagem, Clarice vê o trabalho como uma extensão da sua família. Quando questionada sobre o futuro do projeto e seus alunos, ela responde emocionada: “Aqui nós preservamos e usamos isso a nosso favor com muito amor.
"O Vitamel é um projeto que me orgulho muito, foi um filho que eu pari, amamentei... e hoje posso dizer que está pronto pra casar. Se eu partir hoje... sinto de coração que cumpri minha missão”, conta emocionada. "

A militante do amor
Nesse período de pandemia os profissionais da saúde têm ganhado destaque nessa luta contra o novo coronavírus. Considerados os soldados de batalha na luta para salvar vidas, eles acompanham de perto a angústia das famílias que estão em tratamento da covid-19.
Por isso, nessa edição da Revista World, nossa personalidade é a enfermeira Quelli Ferreira de 37 anos. Natural de Franscico Beltrão, a paranaense se formou em agosto do ano passado e encara todos os dias, o vilão mais falado dos últimos tempos. “Eu nunca imaginei enfrentar um vírus dessa forma. Se eu tenho medo? Tive. Se eu chorei? Chorei. Mas a paixão que eu sinto pela enfermagem e o desejo de defender a vida do ser humano, são bem maiores do que o medo” afirma.
Assim como um soldado que põe a sua armadura para ir à guerra, diariamente a profissional precisa vestir a roupa que a protege do risco de contaminação. Ela atua junto com a equipe que visita todos os dias os pacientes suspeitos e diagnosticados com a covid-19.
“Hoje estamos todos enfrentando riscos, você não sabe quem está contaminado. Muitos que estão contaminados são negligentes. Todos devem ter um pouco de medo, porque todos correm riscos. Hoje reduzi o medo que eu tinha da doença. Minha missão é passar segurança para aquele paciente que já está com medo. Muitas vezes eles não conseguem respirar, muitos mal conseguem sair da cama.”
"Em tempos de pandemia, para nossa personalidade, o mais importante é poder voltar pra casa. ”A gente se cuida muito. O bem mais precioso que nós temos está dentro de casa, que é a nossa família. Voltar para casa é o momento mais importante, temos o cuidado de não entrar em casa contaminados. Eu não entro em casa com minha roupa, me troco e deixo tudo lá fora. Tomar esses cuidados é primordial."
“Cabe a nós trabalharmos assertivamente e não sermos negligentes em ponto nenhum, já que em situações como essa, não cabe o erro”, ressalta.
Mãe de quatro filhos, Quelli afirma que a vida pessoal e profissional se misturam. Segundo ela, o amor pela profissão surgiu anos atrás, durante o tratamento de câncer de uma das filhas. “Eu escolhi ser enfermeira no período em que a minha filha na época com sete anos de idade foi diagnosticada com câncer e precisou fazer um ano de quimioterapia. Nesse momento eu percebi o quanto o profissional de enfermagem é importante.”
“Principalmente quando o paciente e os familiares estão na situação em que eu me encontrava. Situação de desespero, de agonia, dor, medo de perder a minha filha. Aquelas enfermeiras e técnicas fizeram a diferença na minha vida dentro daquele hospital”, relembra emocionada.
Em meio à tempos difíceis, nossa personalidade afirma que é feliz com o trabalho e que mesmo com todos os riscos, o resultado final faz tudo valer a pena. “Vale muito, principalmente a experiência, esse fato vai marcar o mundo. Faço parte de uma equipe muito grande, que faz um trabalho primordial para que possamos chegar até esses pacientes. Fazer parte de tudo isso me deixa muito feliz”, finaliza.
"Morando em Sorriso há alguns anos, a enfermeira afirma que esse é o lugar que escolheu para viver. “Morei em Sorriso de 1996 a 2002. Fui e voltei algumas vezes. Eu amo Sorriso, meus filhos moram aqui, é aqui onde estou vivendo a melhor fase da minha vida. Agradeço a Deus pela oportunidade de poder fazer o que eu amo."
Por isso, nessa edição da Revista World, nossa personalidade é a enfermeira Quelli Ferreira de 37 anos. Natural de Franscico Beltrão, a paranaense se formou em agosto do ano passado e encara todos os dias, o vilão mais falado dos últimos tempos. “Eu nunca imaginei enfrentar um vírus dessa forma. Se eu tenho medo? Tive. Se eu chorei? Chorei. Mas a paixão que eu sinto pela enfermagem e o desejo de defender a vida do ser humano, são bem maiores do que o medo” afirma.
Assim como um soldado que põe a sua armadura para ir à guerra, diariamente a profissional precisa vestir a roupa que a protege do risco de contaminação. Ela atua junto com a equipe que visita todos os dias os pacientes suspeitos e diagnosticados com a covid-19.
“Hoje estamos todos enfrentando riscos, você não sabe quem está contaminado. Muitos que estão contaminados são negligentes. Todos devem ter um pouco de medo, porque todos correm riscos. Hoje reduzi o medo que eu tinha da doença. Minha missão é passar segurança para aquele paciente que já está com medo. Muitas vezes eles não conseguem respirar, muitos mal conseguem sair da cama.”
"Em tempos de pandemia, para nossa personalidade, o mais importante é poder voltar pra casa. ”A gente se cuida muito. O bem mais precioso que nós temos está dentro de casa, que é a nossa família. Voltar para casa é o momento mais importante, temos o cuidado de não entrar em casa contaminados. Eu não entro em casa com minha roupa, me troco e deixo tudo lá fora. Tomar esses cuidados é primordial."
“Cabe a nós trabalharmos assertivamente e não sermos negligentes em ponto nenhum, já que em situações como essa, não cabe o erro”, ressalta.
Mãe de quatro filhos, Quelli afirma que a vida pessoal e profissional se misturam. Segundo ela, o amor pela profissão surgiu anos atrás, durante o tratamento de câncer de uma das filhas. “Eu escolhi ser enfermeira no período em que a minha filha na época com sete anos de idade foi diagnosticada com câncer e precisou fazer um ano de quimioterapia. Nesse momento eu percebi o quanto o profissional de enfermagem é importante.”
“Principalmente quando o paciente e os familiares estão na situação em que eu me encontrava. Situação de desespero, de agonia, dor, medo de perder a minha filha. Aquelas enfermeiras e técnicas fizeram a diferença na minha vida dentro daquele hospital”, relembra emocionada.
Em meio à tempos difíceis, nossa personalidade afirma que é feliz com o trabalho e que mesmo com todos os riscos, o resultado final faz tudo valer a pena. “Vale muito, principalmente a experiência, esse fato vai marcar o mundo. Faço parte de uma equipe muito grande, que faz um trabalho primordial para que possamos chegar até esses pacientes. Fazer parte de tudo isso me deixa muito feliz”, finaliza.
"Morando em Sorriso há alguns anos, a enfermeira afirma que esse é o lugar que escolheu para viver. “Morei em Sorriso de 1996 a 2002. Fui e voltei algumas vezes. Eu amo Sorriso, meus filhos moram aqui, é aqui onde estou vivendo a melhor fase da minha vida. Agradeço a Deus pela oportunidade de poder fazer o que eu amo."

O melhor treinador do mundo
Conheça a trajetória do ex-altleta Marcos Flademir Viera. Saiba como o Lobinho se tornou Marquinhos, o professor descobridor de talentos.
Super à vontade e dentro do seu habitat natural, a personalidade desta edição recebeu a equipe da Revista World no lugar em que mais ama ficar: nas pistas de atletismo. Marcos Flademir Vieira, é carinhosamente chamado pelos alunos de professor Marquinhos.
Sempre com um sorriso no rosto, o paranaense de nascimento e sorrisense de coração, é um colecionador de histórias e fez do Estádio Egídio José Preima a sua casa, literalmente. Afinal já são 19 anos frequentando o mesmo espaço, que um dia também já foi seu local de moradia.“Quando cheguei em Sorriso, morava no quartinho que fica aqui próximo das arquibancadas. Só tem duas peças. Hoje usamos para guardar equipamentos”, relembra.
O ex-atleta dedicou 22 anos da vida dele só para as competições e aos 34 anos de idade aposentou as sapatilhas. Em meio às lembranças, Marquinhos recorda emocionado algumas dificuldades que enfrentou.
‘‘Sempre fui muito elétrico. Vim de uma família humilde, que morava no sítio. Quando consegui chegar em um grande centro de treinamento em Presidente Prudente (SP), tive uma leve depressão, resolvi voltar para a casa dos meus pais em Ponta Porã (MS). Fui trabalhar em um supermercado, onde consegui um patrocínio. O dono do local me deixava sair meia hora mais cedo do trabalho para treinar, já que depois, à noite, eu ainda ia para a escola. Como eu precisava de dinheiro, gostava de competir em provas de rua. ‘‘
''Certa vez fui para uma competição em Assunção, no Paraguai, só com a passagem de ida. Não tinha dinheiro nem pra comer. Sabia que precisava ficar entre os primeiros para ganhar a premiação e usar a grana para voltar pra casa. Estudei todo o percurso e apostei no meu forte, que era a parte de subida da prova. Nos metros finais consegui superar meus adversários e fui o primeiro colocado. Nunca comemorei tanto. Foi uma superação pra mim.''
São mais de 150 medalhas e cerca de 45 troféus. Formado em Educação Física, Marquinhos conta que o atletismo deu uma profissão pra ele. “Depois de vários títulos e medalhas nas provas de pista e rua, fui embora para Araçatuba em 1994. Na época conheci um dos meus mestres treinadores, José dos Santos Primo, que me ofereceu moradia, emprego e ainda me deu a oportunidade de fazer faculdade. Eu não sabia, mas ele estava garantido o meu futuro. Sou muito grato a ele”, confessa.
Com o esporte Marcos Vieira conheceu mais de 20 países e ganhou uma família.
Foi no centro de treinamentos, em Araçatuba, que “Lobinho”, como era chamado na região, conheceu a esposa dele, que também era atleta na época, a Milka Juliana de Paula, com quem tem um filho Marcos Vinicius Vieira júnior. Em 2001 a família escolheu Sorriso para criar raízes.
Treinador do ASA Sorriso, Marcos fundou o projeto que já revelou vários talentos que são destaques nacionais e internacionais. Mais de cinco mil crianças e jovens já passaram pelo centro de treinamento. “Além de atletas, formamos cidadãos. Tiramos muitas crianças das ruas para ensinarmos, disciplina, respeito e amor pelo esporte. Damos confiança a eles.”
Constantemente Marquinhos é convocado pela Seleção Brasileira para acompanhar as equipes em competições internacionais, como treinador. Recentemente o mestre recebeu o título de Cidadão Mato-grossense e em 2011 o de Cidadão Sorrisense.
Para quem olha de fora é impossível não notar o amor pelo trabalho estampado nos olhos do treinador. O carinho e respeito pelas crianças do projeto se apresentam a cada cumprimento, que chega a todo instante. A cada novo aluno que entra pelo portão, o ritual se repete. A procura com os olhos é pelo professor, que é motivo de inspiração aos jovens.
''Em determinado momento da entrevista, quando questionado sobre a realização profissional, antes que nossa personalidade pudesse responder, uma das crianças interrompe: “É o melhor treinador do mundo!” Sem conter a emoção, a resposta escorre pelos olhos do professor, com as lágrimas. Nosso entrevistado bate a mão no peito e afirma: “esse é o meu melhor presente.”
Super à vontade e dentro do seu habitat natural, a personalidade desta edição recebeu a equipe da Revista World no lugar em que mais ama ficar: nas pistas de atletismo. Marcos Flademir Vieira, é carinhosamente chamado pelos alunos de professor Marquinhos.
Sempre com um sorriso no rosto, o paranaense de nascimento e sorrisense de coração, é um colecionador de histórias e fez do Estádio Egídio José Preima a sua casa, literalmente. Afinal já são 19 anos frequentando o mesmo espaço, que um dia também já foi seu local de moradia.“Quando cheguei em Sorriso, morava no quartinho que fica aqui próximo das arquibancadas. Só tem duas peças. Hoje usamos para guardar equipamentos”, relembra.
O ex-atleta dedicou 22 anos da vida dele só para as competições e aos 34 anos de idade aposentou as sapatilhas. Em meio às lembranças, Marquinhos recorda emocionado algumas dificuldades que enfrentou.
‘‘Sempre fui muito elétrico. Vim de uma família humilde, que morava no sítio. Quando consegui chegar em um grande centro de treinamento em Presidente Prudente (SP), tive uma leve depressão, resolvi voltar para a casa dos meus pais em Ponta Porã (MS). Fui trabalhar em um supermercado, onde consegui um patrocínio. O dono do local me deixava sair meia hora mais cedo do trabalho para treinar, já que depois, à noite, eu ainda ia para a escola. Como eu precisava de dinheiro, gostava de competir em provas de rua. ‘‘
''Certa vez fui para uma competição em Assunção, no Paraguai, só com a passagem de ida. Não tinha dinheiro nem pra comer. Sabia que precisava ficar entre os primeiros para ganhar a premiação e usar a grana para voltar pra casa. Estudei todo o percurso e apostei no meu forte, que era a parte de subida da prova. Nos metros finais consegui superar meus adversários e fui o primeiro colocado. Nunca comemorei tanto. Foi uma superação pra mim.''
São mais de 150 medalhas e cerca de 45 troféus. Formado em Educação Física, Marquinhos conta que o atletismo deu uma profissão pra ele. “Depois de vários títulos e medalhas nas provas de pista e rua, fui embora para Araçatuba em 1994. Na época conheci um dos meus mestres treinadores, José dos Santos Primo, que me ofereceu moradia, emprego e ainda me deu a oportunidade de fazer faculdade. Eu não sabia, mas ele estava garantido o meu futuro. Sou muito grato a ele”, confessa.
Com o esporte Marcos Vieira conheceu mais de 20 países e ganhou uma família.
Foi no centro de treinamentos, em Araçatuba, que “Lobinho”, como era chamado na região, conheceu a esposa dele, que também era atleta na época, a Milka Juliana de Paula, com quem tem um filho Marcos Vinicius Vieira júnior. Em 2001 a família escolheu Sorriso para criar raízes.
Treinador do ASA Sorriso, Marcos fundou o projeto que já revelou vários talentos que são destaques nacionais e internacionais. Mais de cinco mil crianças e jovens já passaram pelo centro de treinamento. “Além de atletas, formamos cidadãos. Tiramos muitas crianças das ruas para ensinarmos, disciplina, respeito e amor pelo esporte. Damos confiança a eles.”
Constantemente Marquinhos é convocado pela Seleção Brasileira para acompanhar as equipes em competições internacionais, como treinador. Recentemente o mestre recebeu o título de Cidadão Mato-grossense e em 2011 o de Cidadão Sorrisense.
Para quem olha de fora é impossível não notar o amor pelo trabalho estampado nos olhos do treinador. O carinho e respeito pelas crianças do projeto se apresentam a cada cumprimento, que chega a todo instante. A cada novo aluno que entra pelo portão, o ritual se repete. A procura com os olhos é pelo professor, que é motivo de inspiração aos jovens.
''Em determinado momento da entrevista, quando questionado sobre a realização profissional, antes que nossa personalidade pudesse responder, uma das crianças interrompe: “É o melhor treinador do mundo!” Sem conter a emoção, a resposta escorre pelos olhos do professor, com as lágrimas. Nosso entrevistado bate a mão no peito e afirma: “esse é o meu melhor presente.”

Dudy Paiva: a mulher sorrisense que se dedica às causas sociais e da natureza
Para esta edição da Revista World escolhemos como personalidade uma mulher de fibra. Natural de Ubatuba, São Paulo, Anadir Regina Graça Paiva, ou melhor, Dudy Paiva, 61 anos, é presidente do Clube Amigos da Terra de Sorriso (CAT) e não vê problemas em falar dos números.
Ela recebeu nossa equipe em casa e falou um pouco sobre a sua trajetória. Afinal, quem diria que a mulher que já deu até palestra fora do país sobre agricultura familiar já pegou onda como surfista? “Morávamos na praia. Meu pai tinha um barco de pesca que eu usava para pegar onda quando era menina. Ele não gostava muito, mas sempre fui muito elétrica”, conta ela aos risos.
Dudy casou muito jovem, aos 18 anos de idade. Um amor que começou na praia e dura 43 anos. “Quando me casei, meu marido disse que queria vir para Mato Grosso. Sabia que aqui era uma terra próspera para se viver. Tivemos um filho, Juliano Paiva, que me deu três lindos netos mato-grossenses: o Arthur Cunha Paiva, o Guilherme Cunha Paiva e a Manuela Beker Paiva”, afirma.
O jovem casal abriu espaço em meio à mata para construir o local que hoje é o refúgio deles. Na Fazenda Santana, Dudy conta um pouco da vida profissional. “Sempre gostei de me envolver em ações comunitárias. Desde criança eu dizia à minha avó que queria trabalhar em um lar de idosos. A vontade já era latente em mim”, revela.
Dudy foi presidente da APAE de Sorriso por sete anos. “Comecei ajudando na festa do leitão assado. O amor pelo envolvimento social foi que me capturou. Junto com outras pessoas envolvidas na diretoria, fizemos muitas coisas para aumentar a estrutura física da APAE e outras coisas internas que a instituição precisava”, ressalta.
Em meio às boas lembranças, Dudy frisou o quanto foi importante tomar a decisão de parar. “Eu sabia que era hora. Saí com o coração limpo e com a sensação de dever cumprido. Naquele momento, decidi que era hora de cuidar de mim”, afirma. Ironia do destino ou não, realmente era hora de se cuidar.
Alguns meses depois nossa personalidade descobriu um câncer de mama. “Lembro de estar sentada na cadeira dentro do consultório do médico, junto ao meu marido, e perguntar: ‘doutor, o que eu tenho?’ e o médico respondeu: ‘Um câncer, Dudy.’ Mas não se preocupe, vamos tratar”, relembra.
Depois de muito trabalhar, nossa personalidade estava pronta para travar uma nova batalha a favor da vida, só que agora, dela mesma. “Meu marido nunca me abandonou. Largou tudo por aqui e foi comigo fazer minhas sessões de radioterapia. Sempre esteve ao meu lado”, conta ela com amor.
Após vencer o câncer, Dudy lembra como entrou para o CAT e como chegou à função de presidente. “Estava muito parada em casa, então resolvi participar de uma reunião do CAT. Lá observei que podia contribuir com algumas coisas. Algum tempo depois fui convidada a assumir a presidência da instituição.”
Dudy ainda teve o privilégio de ser convidada para ir até à França e contar a sua história e a do município de Sorriso. Em outra oportunidade, também foi até a Holanda e palestrou sobre agricultura familiar no Brasil. “Quando o primeiro convite chegou achei que era brincadeira, mas, de repente, o assunto foi tomando corpo e, quando vi, lá estava falando para todas aquelas pessoas sobre o trabalho que desenvolvo no meu país”, ressalta orgulhosa.
DUDY MÃE: “Sou uma mãe pulso firme. Sempre criei meu filho para ser forte. Nunca neguei nada, mas sempre mostrei o valor de tudo para meu filho.”
DUDY ESPOSA: “Meu marido é meu parceiro. Construímos tudo do zero, com muito trabalho e esforço. Junto a gente sonhava, planejava e executava.”
DUDY MULHER: “Sou muito simples. Não julgo as pessoas pelo que elas vestem ou pelo que têm. Sei o quanto custa conseguir algo e o trabalho que dá para isso. A experiência de ter tido câncer me fez valorizar ainda mais a vida.”
DUDY PROFISSIONAL: “Acredito que não podemos ficar parados. Minha família sempre me apoia e isso é muito importante pra mim.”
DUDY E A NATUREZA: “Hoje o meu lugar favorito no mundo é a fazenda. Lá é o meu refúgio. Curtir a paz e a tranquilidade, junto com minha família, não tem preço. Gosto do meu canto, do nosso jardim. Cada pedacinho daquele lugar tem uma história para contar. Vim da praia, mas quero viver minha velhice por aqui.”
Ela recebeu nossa equipe em casa e falou um pouco sobre a sua trajetória. Afinal, quem diria que a mulher que já deu até palestra fora do país sobre agricultura familiar já pegou onda como surfista? “Morávamos na praia. Meu pai tinha um barco de pesca que eu usava para pegar onda quando era menina. Ele não gostava muito, mas sempre fui muito elétrica”, conta ela aos risos.
Dudy casou muito jovem, aos 18 anos de idade. Um amor que começou na praia e dura 43 anos. “Quando me casei, meu marido disse que queria vir para Mato Grosso. Sabia que aqui era uma terra próspera para se viver. Tivemos um filho, Juliano Paiva, que me deu três lindos netos mato-grossenses: o Arthur Cunha Paiva, o Guilherme Cunha Paiva e a Manuela Beker Paiva”, afirma.
O jovem casal abriu espaço em meio à mata para construir o local que hoje é o refúgio deles. Na Fazenda Santana, Dudy conta um pouco da vida profissional. “Sempre gostei de me envolver em ações comunitárias. Desde criança eu dizia à minha avó que queria trabalhar em um lar de idosos. A vontade já era latente em mim”, revela.
Dudy foi presidente da APAE de Sorriso por sete anos. “Comecei ajudando na festa do leitão assado. O amor pelo envolvimento social foi que me capturou. Junto com outras pessoas envolvidas na diretoria, fizemos muitas coisas para aumentar a estrutura física da APAE e outras coisas internas que a instituição precisava”, ressalta.
Em meio às boas lembranças, Dudy frisou o quanto foi importante tomar a decisão de parar. “Eu sabia que era hora. Saí com o coração limpo e com a sensação de dever cumprido. Naquele momento, decidi que era hora de cuidar de mim”, afirma. Ironia do destino ou não, realmente era hora de se cuidar.
Alguns meses depois nossa personalidade descobriu um câncer de mama. “Lembro de estar sentada na cadeira dentro do consultório do médico, junto ao meu marido, e perguntar: ‘doutor, o que eu tenho?’ e o médico respondeu: ‘Um câncer, Dudy.’ Mas não se preocupe, vamos tratar”, relembra.
Depois de muito trabalhar, nossa personalidade estava pronta para travar uma nova batalha a favor da vida, só que agora, dela mesma. “Meu marido nunca me abandonou. Largou tudo por aqui e foi comigo fazer minhas sessões de radioterapia. Sempre esteve ao meu lado”, conta ela com amor.
Após vencer o câncer, Dudy lembra como entrou para o CAT e como chegou à função de presidente. “Estava muito parada em casa, então resolvi participar de uma reunião do CAT. Lá observei que podia contribuir com algumas coisas. Algum tempo depois fui convidada a assumir a presidência da instituição.”
Dudy ainda teve o privilégio de ser convidada para ir até à França e contar a sua história e a do município de Sorriso. Em outra oportunidade, também foi até a Holanda e palestrou sobre agricultura familiar no Brasil. “Quando o primeiro convite chegou achei que era brincadeira, mas, de repente, o assunto foi tomando corpo e, quando vi, lá estava falando para todas aquelas pessoas sobre o trabalho que desenvolvo no meu país”, ressalta orgulhosa.
DUDY MÃE: “Sou uma mãe pulso firme. Sempre criei meu filho para ser forte. Nunca neguei nada, mas sempre mostrei o valor de tudo para meu filho.”
DUDY ESPOSA: “Meu marido é meu parceiro. Construímos tudo do zero, com muito trabalho e esforço. Junto a gente sonhava, planejava e executava.”
DUDY MULHER: “Sou muito simples. Não julgo as pessoas pelo que elas vestem ou pelo que têm. Sei o quanto custa conseguir algo e o trabalho que dá para isso. A experiência de ter tido câncer me fez valorizar ainda mais a vida.”
DUDY PROFISSIONAL: “Acredito que não podemos ficar parados. Minha família sempre me apoia e isso é muito importante pra mim.”
DUDY E A NATUREZA: “Hoje o meu lugar favorito no mundo é a fazenda. Lá é o meu refúgio. Curtir a paz e a tranquilidade, junto com minha família, não tem preço. Gosto do meu canto, do nosso jardim. Cada pedacinho daquele lugar tem uma história para contar. Vim da praia, mas quero viver minha velhice por aqui.”

Luciane Francio relembra o processo de colonização de Sorriso e traz investimentos para a Capital Nacional do Agronegócio
A personalidade da primeira edição da Revista World é a empresária Luciane Francio. Ela é filha de Claudino Francio, um dos primeiros moradores de Sorriso. A empresária de sucesso, mãe de um casal, e esposa, conta como foi o processo de colonização do município na década de 70, e como enfrentou as dificuldades de vir de duas capitais para morar em um vilarejo.
Seu pai foi um dos pioneiros de Sorriso, e a senhora, mesmo muito jovem, acompanhou esse processo. Como foi o início de tudo?
Meu pai iniciou o processo de colonização da cidade em 1972 às margens da BR-163. Ele e seus irmãos compraram uma vasta área e foram atrás de pessoas para vender os lotes. Quem comprou o primeiro pedaço de terra foi o Dorival Brandão, e depois ele vendeu para outras pessoas. Assim, eles tiveram a ideia de empreender no mercado imobiliário, e em 1977 abriram a Colonizadora Sorriso. Já em 1978 criaram o núcleo urbano e uma pequena vila se formava.
As ruas largas, as quadras, tudo foi planejado pelo meu pai, pois era muito visionário. Ele contratou esse projeto urbano da cidade porque acreditou que Sorriso cresceria
Ele trouxe toda a família para morar em Sorriso?
Morávamos em Cuiabá. Em 1983 meu pai veio com minha mãe, mas fiquei lá com meu irmão, o Nei Francio, para estudar. Aqui não tinha escolas e estávamos indo para o Ensino Médio, não tínhamos outra opção. Meu pai construiu um restaurante na beira da estrada, com um alojamento para as pessoas que vinham do Sul do Brasil para conhecer Sorriso, e depois esses possíveis compradores iam embora.
Sua mãe, a dona Idali Francio, apoiava seu pai?
Ela apoiava meu pai e as escolhas dele. Ela não tinha muita dimensão, mas acreditou nos sonhos do meu pai e embarcou nessa caminhada para a colonização de Sorriso.
Como foi o início da Colonizadora Feliz? Como foi sua inserção nos negócios do seu pai?
Em 1982 meu pai saiu da Colonizadora Sorriso e abriu a Colonizadora Feliz, que ficou com o projeto urbano da cidade. E meu tio ficou com a outra colonizadora. Quando cheguei, em 1992, com 21 anos, depois de me formar em Administração de Empresas, em Curitiba, comecei a conhecer a fundo os negócios dele. Assim, ele me passou tudo o que fazia, e então, em 1999, meu pai faleceu em um acidente no trecho entre Sorriso e Sinop, aos 63 anos.
Como foi sair de uma cidade como Curitiba e viver em um lugar que não tinha nada?
Meus colegas de Curitiba me chamavam de louca, mas eu não via crescimento lá. Na época, Sorriso tinha em média dez mil habitantes, aqui era precário. O asfalto chegava até a Igreja Católica São Pedro. Sorriso não tinha nem mesmo energia elétrica. Foi o senhor Inácio Schevinski que conseguiu a subestação. Acompanhei todo esse desenvolvimento e as conquistas dos primeiros moradores. Como eu sempre gostei de cidade pequena, me adaptei facilmente. Eu prefiro o interior. O que sentia falta era de infraestrutura, tipo asfalto e hospital. Tinha muita poeira e faltava energia. Eu era jovem e não tinha opção de lazer, mas logo fiz amizades que mantenho até hoje. São amigos de uma vida. Aqui também pude trabalhar e me realizar profissionalmente.
A senhora imaginou que Sorriso se tornaria o que é hoje?
Eu era contaminada pelas ideias do meu pai. Eu tinha convicção de que Sorriso seria uma cidade próspera. Naquela época eu tinha a perspectiva de que aqui teria de tudo, como é hoje, e acredito que teremos muito mais. Não tinha shopping, mas sempre acre- ditei que teria. Não tinha energia, mas sabia que teria. Não tinha asfalto, mas sabia que teria. Sempre soube que estaria melhor depois.
Em Sorriso, uma cidade relativamente pequena, vivemos em ritmo de cidade grande. Qual a sua opinião em relação a isso?
Por mais que seja uma cidade acelerada, temos a oportunidade de crescer profissionalmente. Aqui a vida se torna mais leve, porque convivemos mais com a família. Foi onde eduquei a Giovana e o Matheus e pude vê-los crescer. Em capitais, não vamos para casa em horário de almoço, porque para nos deslocarmos demora em média duas horas. Em Sorriso trabalhamos muito, mas em cinco minutos chegamos ao destino, e desfrutamos o final do dia com a família e os amigos.
A senhora está à frente da Colonizadora Feliz há 27 anos, e está com mais um empreendimento. O que está trazendo de novidade para Sorriso?
A violência tem aumentado, e é uma tendência no país o condomínio fechado, devido à segurança. É uma proteção que as famílias buscam. Vamos implantar um condomínio fechado de quatro mil metros quadrados de construção civil. Foram quatro anos de pesquisas no Brasil e na Europa, porque o cliente de Sorriso é muito exigente. Então eu trouxe o que há de melhor no mundo para dentro da nossa cidade. Temos alguns lotes do Arboretto à venda e em dois anos será liberado para construção. Será na Avenida Blumenau, e com certeza é o melhor lugar em Sorriso para investir. Meu esposo, Adolfo Endres, é quem está à frente da construção e da infraestrutura, através da empresa Coenza. O condomínio terá iluminação pública subterrânea, pomar, bosque, circuito de caminhada e outras características que não encontramos em cidades do Mato Grosso. Além disso, para cada metro quadrado de uso privado, haverá o mesmo tamanho para uso comum.
O que a senhora espera de Sorriso para os próximos 20 anos?
Não tem mais como segurar. Sorriso vai explodir. Sonhamos com esse processo industrial há muitos anos, e ele está acontecendo: transformar o grão em etanol, e a industrialização da carne. Haverá um boom para as próximas duas décadas, e logo chegaremos lá. Só quem estiver aqui verá.
Redação: Daiany Da Cas
Seu pai foi um dos pioneiros de Sorriso, e a senhora, mesmo muito jovem, acompanhou esse processo. Como foi o início de tudo?
Meu pai iniciou o processo de colonização da cidade em 1972 às margens da BR-163. Ele e seus irmãos compraram uma vasta área e foram atrás de pessoas para vender os lotes. Quem comprou o primeiro pedaço de terra foi o Dorival Brandão, e depois ele vendeu para outras pessoas. Assim, eles tiveram a ideia de empreender no mercado imobiliário, e em 1977 abriram a Colonizadora Sorriso. Já em 1978 criaram o núcleo urbano e uma pequena vila se formava.
As ruas largas, as quadras, tudo foi planejado pelo meu pai, pois era muito visionário. Ele contratou esse projeto urbano da cidade porque acreditou que Sorriso cresceria
Ele trouxe toda a família para morar em Sorriso?
Morávamos em Cuiabá. Em 1983 meu pai veio com minha mãe, mas fiquei lá com meu irmão, o Nei Francio, para estudar. Aqui não tinha escolas e estávamos indo para o Ensino Médio, não tínhamos outra opção. Meu pai construiu um restaurante na beira da estrada, com um alojamento para as pessoas que vinham do Sul do Brasil para conhecer Sorriso, e depois esses possíveis compradores iam embora.
Sua mãe, a dona Idali Francio, apoiava seu pai?
Ela apoiava meu pai e as escolhas dele. Ela não tinha muita dimensão, mas acreditou nos sonhos do meu pai e embarcou nessa caminhada para a colonização de Sorriso.
Como foi o início da Colonizadora Feliz? Como foi sua inserção nos negócios do seu pai?
Em 1982 meu pai saiu da Colonizadora Sorriso e abriu a Colonizadora Feliz, que ficou com o projeto urbano da cidade. E meu tio ficou com a outra colonizadora. Quando cheguei, em 1992, com 21 anos, depois de me formar em Administração de Empresas, em Curitiba, comecei a conhecer a fundo os negócios dele. Assim, ele me passou tudo o que fazia, e então, em 1999, meu pai faleceu em um acidente no trecho entre Sorriso e Sinop, aos 63 anos.
Como foi sair de uma cidade como Curitiba e viver em um lugar que não tinha nada?
Meus colegas de Curitiba me chamavam de louca, mas eu não via crescimento lá. Na época, Sorriso tinha em média dez mil habitantes, aqui era precário. O asfalto chegava até a Igreja Católica São Pedro. Sorriso não tinha nem mesmo energia elétrica. Foi o senhor Inácio Schevinski que conseguiu a subestação. Acompanhei todo esse desenvolvimento e as conquistas dos primeiros moradores. Como eu sempre gostei de cidade pequena, me adaptei facilmente. Eu prefiro o interior. O que sentia falta era de infraestrutura, tipo asfalto e hospital. Tinha muita poeira e faltava energia. Eu era jovem e não tinha opção de lazer, mas logo fiz amizades que mantenho até hoje. São amigos de uma vida. Aqui também pude trabalhar e me realizar profissionalmente.
A senhora imaginou que Sorriso se tornaria o que é hoje?
Eu era contaminada pelas ideias do meu pai. Eu tinha convicção de que Sorriso seria uma cidade próspera. Naquela época eu tinha a perspectiva de que aqui teria de tudo, como é hoje, e acredito que teremos muito mais. Não tinha shopping, mas sempre acre- ditei que teria. Não tinha energia, mas sabia que teria. Não tinha asfalto, mas sabia que teria. Sempre soube que estaria melhor depois.
Em Sorriso, uma cidade relativamente pequena, vivemos em ritmo de cidade grande. Qual a sua opinião em relação a isso?
Por mais que seja uma cidade acelerada, temos a oportunidade de crescer profissionalmente. Aqui a vida se torna mais leve, porque convivemos mais com a família. Foi onde eduquei a Giovana e o Matheus e pude vê-los crescer. Em capitais, não vamos para casa em horário de almoço, porque para nos deslocarmos demora em média duas horas. Em Sorriso trabalhamos muito, mas em cinco minutos chegamos ao destino, e desfrutamos o final do dia com a família e os amigos.
A senhora está à frente da Colonizadora Feliz há 27 anos, e está com mais um empreendimento. O que está trazendo de novidade para Sorriso?
A violência tem aumentado, e é uma tendência no país o condomínio fechado, devido à segurança. É uma proteção que as famílias buscam. Vamos implantar um condomínio fechado de quatro mil metros quadrados de construção civil. Foram quatro anos de pesquisas no Brasil e na Europa, porque o cliente de Sorriso é muito exigente. Então eu trouxe o que há de melhor no mundo para dentro da nossa cidade. Temos alguns lotes do Arboretto à venda e em dois anos será liberado para construção. Será na Avenida Blumenau, e com certeza é o melhor lugar em Sorriso para investir. Meu esposo, Adolfo Endres, é quem está à frente da construção e da infraestrutura, através da empresa Coenza. O condomínio terá iluminação pública subterrânea, pomar, bosque, circuito de caminhada e outras características que não encontramos em cidades do Mato Grosso. Além disso, para cada metro quadrado de uso privado, haverá o mesmo tamanho para uso comum.
O que a senhora espera de Sorriso para os próximos 20 anos?
Não tem mais como segurar. Sorriso vai explodir. Sonhamos com esse processo industrial há muitos anos, e ele está acontecendo: transformar o grão em etanol, e a industrialização da carne. Haverá um boom para as próximas duas décadas, e logo chegaremos lá. Só quem estiver aqui verá.
Redação: Daiany Da Cas
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